Wednesday, May 16, 2012

o blogue pressportugal termina para sempre com a publicação deste último texto


o "college boy" foi uma boca que ouvi em alguns filmes americanos. é verdade que os filmes made in usa são uma treta de todo o tamanho, à excepção de quando eles se desmontam a si próprios. eles são bons quando mostram os seus próprios erros e pensares. ora, o que é que aquela boca significa? significa que quando um indivíduo com um diploma universitário não arranja emprego compatível e tem que ir bater com os cornos para a construção civil ou ir para um armazém de congelados fazer de burro de carga, alguém que com ele trabalha lado a lado vendo-o com olhos de gozo devido aos seus ares académicos atira-lhe aquele mimo. já estive nos usa e eu próprio constatei que havia muitos "college boys" a prestar serviços em tudo que aparecia. desde o retelhar de tectos até dar passeios a cães dos ricos, tudo isso serve para tornar o americano liberto da tutela dos papás. esses rapazitos (grandes homens) chegam ao ponto de ir trabalhar e estudar ao mesmo tempo para comprar carro e prescindir da ajuda dos progenitores. o trabalho na américa está em primeiro lugar. seja ele qual for. vê-se gente rica de fato-macaco a trabalhar nos seus negócios. nessa altura, no chamado cu da américa (onde estão os açorianos de são miguel) as fábricas estavam a fechar o que deu origem a grandes alaridos por parte de quem se tinha  de mudar. é muito chato sermos postos na rua e termos de ir para outro estado procurar trabalho. mas é assim que o mercado livre actua. nada a fazer.  estava a referir-me à américa. e agora em portugal? o nosso primeiro-ministro quando disse que era uma boa oportunidade ser-se despedido, pois isso aguçava o espírito de procura e de futuros êxitos, devia estar a sentir sintomas da doença do machado. a união europeia não é a américa do norte. esta funciona como um todo económico e privilegia a produção e criação de riqueza. aquela em nada se lhe compara. por exemplo, em portugal, onde o clima permitiria criar um eden receptor do turismo europeu e não só, o que deparamos é uma restauração e um mundo hoteleiro prontos para sugar o mais que puderem em apenas dois ou três meses. isto é, querem enriquecer a vender sardinhas e a receber hóspedes no menos tempo possível.  ora com o melhor clima da europa para um turismo de praia era de conseguirmos mandar no mercado. mas não, as bestas que estão (ou estiveram) à frente dessas áreas permitem que o turismo desapareça. sejam racionais baixem os preços a tudo e procurem conquistar o mercado tornando o país a rota ideal onde se pode viver férias bem e barato. ah, e com segurança. qual quê? com estes imbecis que nos governam  (governaram) este país irá roçar ao tempo da sarna. não vale a pena continuar com este papo. saltemos, pois. quem começasse a parar para pensar veria que o mercado está a mudar. e muda na produção. tanto é assim que parte da indústria morreu porque os consumidores específicos já não estão interessados no que se produz ou  deram o berro. o que isto quer dizer? quer dizer que a produção tem de ser alterada para se adaptar às novas exigências do mercado. isto de estarmos a procurar produzir o que nos faz falta vai acabar com o país. a produção de vegetais e outras novidades  que a terra dá é só para matar a fome que se faz sentir aqui e ali numa escala mínima. somos dependentes de quase tudo e não é por aí que iremos sair da crise. para sairmos da crise devíamos ter seguido a visão de josé sócrates para portugal. pena foi ele ter sido mais um preparador do futuro (que suscitou muitas infundadas dúvidas) do que estadista. foi a falha dele. o tgv, a aposta nas novas tecnologias, o incremento de uma nova escola sem complexos, o relançar do cidadão português para o nível da europa permitindo uma revolução a partir do ensino básico, a produção de energias alternativas como combate ao peso das importações, a construção de aeroporto de grande dimensão para deslocar o fluxo aéreo internacional para lisboa era o suficiente para podermos enfrentrar o futuro em termos de combate moderno. a actual política não prevê o futuro social do povo, mas sim fortalecer o estado empobrecendo a população. este modelo já foi usado entre nós e com muito bons resultados durante 48 anos: bons resulatdos para os capitalistas, refiro. ah, o povo emigrava. é como o dr. passos difunde. o velho salazar quando se meteu na guerra de áfrica só não permitia que os jovens emigrassem para ir bater a bota nas colónias. era um portugal desertificado no interior. perdão, menos nos dias 13 de cada mês em que centenas de milhar de nacionais se amontoavam à volta da senhora de fátima mesmo no centro do país (ou mais à esquerda ou mais à direita, isso que interessa!). aqui, devo fazer um elogio à igreja de roma e do papa. têm trabalhado bem no sentido do comunicar ao mundo a terra sagrada do oráculo fataísta e dos seus mais do que reconhecidos milagres. nem tudo é mau entre nós. veja-se que até o desemprego dá alimento e do bom aos comentadores e aos políticos quer da oposição quer da manjedoura.
ps: terminou mais este espaço. a partir de agora vou escrever num blogue secreto. e porquê? bem, antes que fique completamente bacoco, retiro-me. o que escrevi escrevi com sentido de serviço público (era o que eu pensava). agradeço aos que tiveram paciência para me ler nestes últimos seis anos que foi quando saltei da imprensa regional para a net. obrigado e grande abraço.
mmbento

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